Tentar sempre olhar o mundo ao seu redor com olhos bons e puros não é tarefa sempre fácil. Mas vale sempre a pena tentar.
Meu saldo de 2010 não foi dos melhores. Mas pensando bem, não foi o pior da minha vida, mesmo com todos os altos e baixos. Ontem, ao dirigir o Patomóvel cheguei à seguinte conclusão: a vida realmente começa aos 30... a minha começou último agosto.
Termino o ano exatamente onde deveria estar. Meu emprego pode não ser dos melhores, mas faço exatamente aquilo que gosto, e isso me traz uma enorme satisfação. Estou de bem com meu corpo, apesar dos poucos quilinhos extras. Meu coração está em paz... ah como isso é bom!!
Não sei se pelo meu jeito de sempre tentar ajudar, ou pela minha feição, eu aparento ser uma pessoa mais séria e responsável (o que nem sempre é verdade... rs).
Mas sim, há determinados valores que eu prezo, acima de qualquer coisa na face da Terra: respeito, confiança, amor e amizade. A ordem pouco me importa, já que estes valores tem um peso igual na minha balança moral.
Quem tem a oportunidade de conviver comigo sabe o quanto eu levo a sério estes valores. E por muitas vezes eu tive problemas, e sofri, por levar estes muito a sério, em todos os campos da minha vida, tanto pessoal quanto profissional. Podem me chamar de ingênua, falar que o mundo é cheio de injustiças, e que vence quem é o mais forte, independente de quem se deva "puxar o tapete". Se é pra vencer assim, prefiro continuar no meu laguinho simples, sem muitos ornamentos.
Ser amigo, na minha humilde opinião de pata, é um ato quase nobre. Claro que é uma via de mão dupla, mas uma vez amigo, você se torna um companheiro para todos os momentos, bons e ruins, para ajudar o amigo a se levantar se ele cair, para desembaçar sua visão quando ele não conseguir enxergar aquela luz no fim do tunel, para dar um "empurraozinho" quando suas forças estão se esgotando... e tudo isso sem exigir nada em troca.
Não tem lugar pra ser amigo... você pode acabar encontrando-o nos lugares mais inesperados. E não tem momentos pra ser amigo: uma vez o sendo, você o é SEMPRE, dentro ou fora de um ambiente de trabalho por exemplo.
Falo muito sobre a banalização do que é o amor... talvez eu deva mudar. Os sentimentos em geral estão todos MUITO BANALIZADOS. Se você não está disposto a ser no mínimo isso que eu acabei de descrever, abandone o posto de "amigão" e contente-se com o posto de "colega de trabalho". É mais justo!!!
Sei que você lê meu blog. E embora eu ache uma perda de tempo espalhar pros quatro cantos todo o sentimento que eu tenho por você, existem algumas coisas que precisam ser ditas, porque já não cabem dentro de mim somente, e de vez em quando é necessário liberar um pouco de espaço no coração apertadinho.
Pensei em te deixar frases no facebook, depoimentos no orkut... mas isso iria te expor, e me expor. Por aqui sabem quem eu sou, mas definitivamente não sabem quem você é. Pra que saber? Isso é nosso! Só nosso!
Não vou dizer o quanto te amo, porque isso soaria piegas. Hoje em dia banalizam demais esse sentimento. Fala-se "eu te amo" com a mesma facilidade que fala-se "vou comprar batatas na feira". Não deveria ser assim... mas é. Ao invés disso, vou te lembrar o quanto você mudou minha vida (e o quanto faz parte dela). Devo te lembrar que você foi um dos maiores responsáveis pelo meu reencontro comigo? Vou te lembrar o quanto você é meu amigo acima de tudo, mas também o quanto é meu cúmplice... meu advogado de defesa em tudo que faço.
Não vou dizer o quanto me sinto grata pelo dia que viajei alguns quilómetros só para te ver, e o quanto eu continuo me sentindo feliz, toda a sexta que eu vou te visitar. Acho que ao invés disso vou te lembrar do sorriso que fica no meu rosto pelo resto do fim de semana, simplesmente por saber que vivi momentos maravilhosos do seu lado.
Não vou dizer o quanto eu sou feliz por ter você (sem rótulos, sem cobranças). Acho que isso é desnecessário dizer. É só olhar pra mim.
Enfim... não vou dizer o quanto eu espero que nós continuemos assim por muito tempo. Se dependesse só de mim, você teria felicidade infinita todos os dias da sua vida. Ao invés disso, vou te lembrar somente que já sou feliz somente pelo fato de ter conhecido alguém tão raro quanto você, meu bilhete dourado do Willy Wonka. E o quanto você pode e merece ser feliz!
Espero que esta carta não te assuste. Essa não é a minha intenção. Mas enquanto simplesmente os seus olhos e os seus abraços traduzem todo o carinho que você sente por mim, eu tento traduzir o meu amor em palavras, já que nem sempre meus gestos são suficientes. As vezes minha patisse me impede de ser mais completa que isso!!!
Tem certas coisas nesta vida que realmente não entendo... uma delas é a necessidade que algumas pessoas têm em tornar sua vida pública.
Brigou com o chefe? Deixa um recadinho no Twitter! Deu aquele beijo numa menina super legal? "Enquanto eu não mudar o status do meu facebook eu não sossego!" Quer deixar um recado para "aquela pessoa super especial"? Xingue no orkut... é a melhor maneira de você deixar um recado indireto pra pessoa... e deixar todo mundo sabendo o quanto você é superior!
E com isso o "olho no olho", o verdadeiro romantismo, ou até mesmo a coragem para encarar seus problemas de frente vão ficando de lado. Eu já fui assim, e ainda sou assim um pouco, mas cada vez mais me desconecto deste mundo virtual, ou destas pessoas que acham que uma porcaria de um status no facebook ou no orkut é tudo!!!
E cada vez mais vou ficando no meu canto... acuada...
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Lembra da Alice que tinha saído do país das maravilhas? Aquela que viveu em um mundo de ilusão por tanto tempo que já não sabia mais como lidar com a realidade? Pois é... aquela Alice agora sentia medo: tanto medo que a paralisava completamente.
As palavras queriam sair de sua boca, mas a razão a impedia. Ela sabia que suas palavras já botaram tudo a perder (mais de uma vez), e o que ela tinha em mãos agora era valioso demais para deixar voar assim. Ela sentiria falta, muito mais falta dessa realidade de agora do que aquela mágica que ela tinha anteriormente.
O medo é um sentimento abominável, castrador. E a Alice vai se isolando cada dia mais, se afastando da luz do sol, de companhia, até se tornar pedra. Talvez então ela não terá mais medo.
Nunca vi um livro/filme se encaixar tanto na vida de uma pessoa como "Comer Rezar Amar" se encaixa na minha vida agora. Saí do filme leve, com uma sensação de estar fazendo tudo exatamente como eu deveria fazer, e tendo a certeza de um final feliz!
Contando melhor o fato: fui ao cinema hoje com minha irmã e meu cunhado... fomos no shopping Vila Olímpia, porque minha irmã queria muito que eu conhecesse a sala de cinema hipermegamasterblaster que eles têm lá dentro. Mas de verdade? Troco fácil todo aquele conforto por um certo sofá, um edredon, pés apoiados no banquinho do computador e uma companhia maravilhosa do lado.
Foi quando começou o filme que iniciei minha viagem através desses meus últimos meses... mais especificamente depois do primeiro quadrimestre deste ano. E todos, absolutamente todos os personagens deste filme me ensinaram algo, ou demonstraram algo que eu já fazia, ainda que inconscientemente. Fiquei por tanto tempo me preocupando demais com tudo o que houve, que acabei armazenando coisas demais dentro da minha cabeça, tornando impossível qualquer oportunidade para algo novo entrar e tomar conta de mim... ao mesmo tempo, passei tanto tempo junto com alguém... que esqueci como era viver sozinha, como era ser só eu.
Hoje, sem sombra de dúvida, aceito tudo e todos que passaram pela minha vida como grandes professores! Todos eles eram necessários para que eu chegasse exatamente neste ponto da minha vida. Estou tranquila, e em paz!!! Ainda com um certo medo de abrir a minha mente para que algo novo entre... mas sei que minha hora ainda vai chegar... talvez até já tenha chegado.
Enfim, pra entender um pouco mais do que eu estou falando, só vendo o filme... trailers abaixo!!!
De uns tempos pra cá, tenho descoberto vários novos gostos... alguns novos hobbies que são no mínimo interessantes. Um deles tem sido a observação (não sei se posso dizer psicológica ou antropológica) das pessoas que passam por mim.
Isso é muito legal, porque estas pessoas que estão sendo observadas nem imaginam que eu as observo. Fico imaginando se não há outros anônimos por ai que me observam e que tecem comentários a meu respeito.
Hoje, vindo para a faculdade, encontrei alguns tipos realmente bizarros (alguns deles que você só consegue encontrar na letras), como uma menina mais colorida que o arco-íris, vestindo todos os tons de cores em uma só combinação de roupa. Ao chegar na sala dos computadores, tem uma menina ao meu lado que insiste em tocar Derbake... dá vontade de sair dançando aquela Dança do Ventre que eu abandonei há algum tempo...
Há mais ou menos um mês atrás, fui vítima de um assalto a mão armada na frente da minha casa. Roubaram meu carro, meu notebook, meu celular, minha mochila, meu CD player do carro, mas mais do que isso, roubaram meu último suspiro de paixão por São Paulo.
A dor da violência que passamos (sim, porque meus pais estavam presentes no assalto) é muito maior do que o suor que terei de derramar para poder repor o que aquele ser me levou. E meu orgulho de ser paulistana foi embora também: isso é praticamente impossível de reaver.
Como posso me orgulhar de uma cidade que tira tanto de mim, e que muito pouco me dá em retorno?
Eu sei que tudo o que passei foi um grande aprendizado... e sei também que talvez sem este trauma enorme, eu nunca teria tido a coragem necessária de tomar novamente as rédeas da minha vida. Sei também que preciso perdoar os infelizes que cometeram este ato contra mim, sendo que nem os conhecia. Mas é difícil demais... ver meus pais com medo de botar os pés na rua me mata aos poucos, ver meus pais com medo que EU SAIA até pra TRABALHAR, é duro demais.
Nisso tudo, o que mais me doi é o desamor por São Paulo, que tem crescido dentro de mim a cada dia. Uma ânsia quase louca de sair daqui, de respirar novos ares, de (re)construir minha vida longe daqui (longe, pero no mucho).
Trinta anos... certa vez, conversando com uma amiga minha, surgiu o assunto tão polêmico: o que significa ter trinta anos para uma mulher?
Ela prontamente me respondeu que o nosso corpo muda, bem como nosso metabolismo. Não quis acreditar na época. Hoje sei que tudo o que ela falou é muito verdade... e vai além.
Sinto minha mudança não só fisica, mas psicologicamente. Minhas prioridades tem mudado bastante, meus desejos, minhas vontades. Me sinto mais madura, mais pronta para as coisas do mundo.
Claro que as minhas mudanças naturais físicas não foram responsáveis totalmente por esta nova Fabi (pelo menos não totalmente). Passei por situações bastante complicadas neste último ano, que me fizeram repensar em muitas coisas da minha vida, especialmente em como eu via minha imagem, e como eu gostaria de te-la. Mas também tive a ajuda de pessoas muito especiais neste processo: se me foi tirado o sonho, me foi dado a realidade, que é muito mais bonita e muito mais interessante do que o que eu tinha antes.
Enfim... não sou feita de ferro!!! Sou carne, osso... tão um ser humano quanto qualquer um. Mas me sinto mais forte, e me fortalecendo cada dia mais.
Gostei de você desde o primeiro minuto. O primeiro momento, a primeira palavra trocada contigo. Aquele friozinho na barriga quando resolvi pegar o carro e ir na sua direção... mas sem medo: tinha absoluta certeza do tanto que Já gostei de você quando te vi caminhando na minha direção. Me deu uma ligeira sensação de já ter vivido aquela cena algum dia, talvez numa outra vida, mas meu coração deu um pulo, e mal soube explicar o porquê daquele sobressalto. Gosto de você com todos os seus poréns, justamente porque você é um produto maravilhoso de tudo aquilo que já viveu, e é isso que te faz uma pessoa tão singular. Aprendo muito contigo, e sou extremamente grata a isso. Gosto de absolutamente tudo em você... e sei que você gosta de mim também. Sem a necessidade de rótulos, vamos vivendo, e vendo onde esta estrada nos leva. O que é importante é a paisagem ao redor, e não o destino final. Por enquanto gosto de você... e você gosta de mim... e isso basta. Ponto final.
Dizem que para cada 5 minutos de sono que temos, vivemos pelo menos uma hora de sonho. Fica fácil de fazer a conta, imaginando que dormi pelo menos 10 horas de sábado para domingo.
Tive nesta noite um dos sonhos mais lindos que já pude viver. E sim, fiz questão de correr para o primeiro pedaço de papel para rapidamente colocar em detalhes tudo aquilo que vivi. Gosto de lembrar-me dos meus sonhos, para tentar entender como minha mente funciona, e até onde tudo isso faz parte do que eu vivo, e o que faz parte do meu subconsciente.
Abri meus olhos, e lá estava eu, sentada no meio de um campo de lírios brancos. Senti que segurava um manuscrito em minhas mãos, e que verdadeiramente adorava o conteúdo daquelas páginas, apesar de não lembrar o que exatamente era. Não havia ninguém ao meu redor, e eu só me lembro da sensação de paz que aquele ambiente me trazia. Sabia, simplesmente, que aquele ano era o ano de 1864, e que eu estava em alguma planície distante da região da Escócia. Eu usava um delicado vestido branco, com babados e rendas, e uma luva que me cobria até a região dos cotovelos. Fazia muito calor, mas eu sempre trazia comigo meu leque e minha sombrinha. Era difícil de respirar aquele ar profundamente, imagino que meu espartilho estava apertado demais (típico da tal Era Vitoriana).
Alguém se aproxima de mim, lentamente. Sinto seus passos se aproximando atrás de mim, mas o fator hipnótico daquela paisagem juntamente com aquele ar fresco, associado às palavras lindas daquele manuscrito que eu lia me transportavam para outro mundo, me impedindo de prestar atenção ou notar qualquer movimento diferente à minha volta.
De repente, sinto mãos passando pelos meus cabelos cacheados, ligeiramente presos, até chegar aos meus olhos, me cobrindo a visão, como se esperasse que eu adivinhasse quem era. E prontamente adivinhei, apesar de não me lembrar do nome que pronunciei naquele instante. Aquele homem significava muito pra mim, apesar de não conseguir identificar quem ele era. Sentia meu coração pulsar muito forte, mas ao mesmo tempo num ritmo bom, calmo e tranquilo.
Ele trazia uma cesta cheia de frutas, e um delicioso suco que me fez sentir melhor daquele calor que sentia. Conversamos, sobre tudo e sobre todos, por horas a fio, sem nos cansar. Sem nos preocupar com o que o mundo lá longe nos trazia, nem preocupações que nos esperavam. Só nós dois, fazendo aquelas horas da tarde se tornarem dias.
Uma brisa fresca toca meu rosto. Sinto como se sua mão tocasse a minha. Acordo em minha cama, com a janela entreaberta e o vento da manhã entrando no meu quarto. E sem nem bem notar, um grande sorriso se abre no meu rosto. Estou pronta pra começar meu dia.
Olhei-me hoje no espelho, procurando algo em mim que lembrasse meus 30 anos. Única coisa que pude achar entretanto foram uns poucos cabelos brancos (herança de família) e um parco esboço de um risco no canto do olho, que chega até a dar um certo charme ao meu rosto. Meus trinta anos chegaram... e virão mais 30, 60, e eu não tenho com que me preocupar. O tempo é meu aliado!
Meu rosto poderá não parecer mais tão jovem, meus longos cabelos castanhos com o tempo irão ganhar tons de cinza, talvez eu não tenha mais tanto fôlego para seguir os mesmos passos, mas meu coração ainda será leve, e minha mente será ágil e ainda capaz de trazer alegria a todos aqueles que me amam de verdade!
Obrigada meu amigo... por me lembrar de quem eu realmente sou, e principalmente por me lembrar de quem eu ainda tenho capacidade de ser. O tempo agora está em minhas mãos, e prometo que vou sempre fazer um ótimo uso dele.
Cuidado... esse post tem altas doses de ironia e sarcasmo... bom para ouvir a marchinha de carnaval abaixo (já que temos mais de 180 milhões de palhaços no salão, e o Brasil é MESMO um carnaval, com um banquete a base de panetone e pizza).
Para quem já não se lembra mais, já que o brasileiro mediano (pra não dizer mediocre, que basicamente significa a mesma coisa)não se lembra de muita coisa que vá além de futebol, novela das oito ou a fofoca sobre a nova ex-celebridade que está envolvida em um super escândalo sexual, há pouquíssimo tempo atrás a imprensa idônea deste Brasil (leia-se programas de televisão como CQC, qualquer jornal da TV Cultura, radio Kiss FM, CBN e revistas como Carta Capital, Caros Amigos e até mesmo uma revista chamada OCAS) fez uma baita campanha em prol da criação de um site de internet chamado FICHA LIMPA, onde o público em geral poderia consultar sobre a "ficha corrida" dos nossos queridíssimos candidatos para as próximas eleições.
Hoje, no meio de mais um dia de trânsito infernal as 3 da tarde eu, ao ouvir a Kiss FM, recebo a notícia que o site FICHA LIMPA estava sendo o maior fiasco. Acontece que tinhamos parcos 39 candidatos inscritos no site e, pasmem, o único candidato à presidência que tinha sua ficha cadastrada no site é o Plinio de Arruda Sampaio, do PSOL.
Agora, o projeto do site é até interessante. Fiquei pensando então, depois de receber a notícia, o que estaria acontecendo de errado pra ter só 39 candidatos inscritos... o que estaria errado. Pois é: DESCOBRI O LUSITANISMO!!!!!
Sabe quem tem que colocar as informações no site: OS PRÓPRIOS CANDIDATOS. Se EU, eleitora, maior de idade, tiver informações comprovadas sobre algum candidato, eu não posso compartilhar isso... não por esse veículo de informação. Acontece, que o meu poder de alcance não é em cadeia nacional, e quem tem esse tipo de poder nas mãos está mais sujo do que pau de galinheiro (SIM, É DA GLOBO QUE EU ESTOU FALANDO).
Vamos passar para frente essa informação. Isso é ridículo demais pra poucas pessoas ficarem sabendo!!!
Imagine então você, indo pra faculdade às 7 da manhã, maldizendo o mundo pelo frio eterno (parece até o Mundo Branco de Nárnia), morrendo de saudades da sua cama quentinha, quando de repente, eis que uma girafa cruza seu caminho... e ainda mostra a língua!!!
Daqui a pouquinho vou começar a chamar esse blog de "O canto da fênix"... é ótimo saber que há amigos, apesar do vazio imenso que as vezes toma nosso corpo e a nossa alma... Tenho descoberto muitas coisas durante esse período de semi-solidão: também sou mutante!!! O poder da fênix está em mim e consigo sempre renascer... renovada, mais poderosa! Até feliz sim... quem sabe...
Soulshine (Gov't Mule)
When you can't find the light, That got you through a cloudy day, When the stars ain't shinin' bright, You feel like you've lost you're way, When those candle lights of home, Burn so very far away, Now you got to let your soul shine, Just like my daddy used to say.
He used to say soulshine, It's better than sunshine, It's better than moonshine, Damn sure better than rain. Yeah now people don't mind, We all get this way sometime, Got to let your soul shine, shine till the break of day.
I grew up thinkin' that I had it made, Gonna make it on my own. Life can take the strongest man, Make him feel so alone. Now sometimes I feel a cold wind, Blowin' through my achin' bones, I think back to what my daddy said, He said "Boy, in the darkness before the dawn:"
Let your soul shine, It's better than sunshine, It's better than moonshine, Damn sure better than rain. Yeah now people don't mind, We all get this way sometimes, Gotta let your soul shine, shine till the break of day.
Sometimes a man can feel this emptiness, Like a woman has robbed him of his very soul. A woman too, God knows, she can feel like this. And when your world seems cold, you got to let your spirit take control.
Let your soul shine, It's better than sunshine, It's better than moonshine, Damn sure better than rain. Lord now people don't mind, We all get this way sometimes, Gotta let your soul shine, shine till the break of day.
Oh, it's better than sunshine, It's better than moonshine, Damn sure better than rain. Yeah now people don't mind, We all get this way sometimes, Gotta let your soul shine, shine till the break of day.
Não fui talhada para estar em um relacionamento. Talvez pelas cicatrizes profundas que minha experiência pela vida acabou fazendo em mim, meu coração se fechou: não consigo acreditar em mais ninguém.
E quando eu percebi esta triste notícia, eu tive uma visão do meu futuro que, apesar de ainda estar se delineando, já ganha contornos bastante definidos e assustadores. Sonhei comigo daqui a exatos 30 anos... e não tinha amigos, companheiro, ninguém além da minha imensa solidão e dos monstros do meu passado.
Sexta, dia 02 de julho de 2010: a seleção do Brasil é eliminada pelo carrossel holandês.
E quer saber? Bem feito. Brincadeiras a parte, falando da presença do Mick Jagger no estádio torcendo pelo Brasil, ou até mesmo culpando a coitada da Jabulani, uma coisa que eu já não suportava mais é o falso patriotismo que muitos carregam no peito em épocas de "Campeonato Mundial" ou "Olimpiadas".
O que mais vi hoje durante 10 minutos que sai pra consertar o retrovisor do meu carro (sim, tive meu retrovisor destruido por um motoqueiro hoje, que estava com "pressa" de chegar em casa), foi gente tirando as bandeirinhas dos seus carros, xingando o técnico, falando do tal do Felipe Melo, enfim. Nessa hora todo mundo se torna o melhor técnico do mundo. Interessante né... não vejo ninguém falando de política e se informando sobre a ficha corrida dos nossos futuros representantes em época de eleição. E tem mais: todo mundo vai lembrar que o Dunga não levou a seleção ao hexacampeonato, mas ninguém lembra do deputado que recebeu o SEU voto nas últimas eleições.
Sou patriota sim. Carrego o orgulho de ser filha de uma nação que acolhe a TODOS, sem exceção, uma nação que tem TANTOS talentos, nas mais diversas áres... e sei que hoje, a única coisa que aconteceu foi mau trabalho dos participantes da seleção. Mas a vida continua... e como continua. E o Brasil precisa de nós, com a mesma garra que dispensamos para o futebol. As eleições estão chegando ai... você já sabe em quem votar?
E aquela mesma Alice, perdida no país das maravilhas, finalmente encontrou o caminho de casa. Depois de ter vivido experiências tão intensas naquele país virtual das maravilhas, ela abriu os olhos finalmente e se cansou de tanta irrealidade. Mas sim, a minha Alice volta para a realidade de carro, dirigindo com lágrimas nos olhos pelas ruas de São Paulo.
Ela sabe que sentirá falta de todos os elogios que ela conquistou neste mundo de faz de conta. Isso fez bem a ela, já que ela nem imaginava o quanto era bonita há 3 meses atrás, que foi quando ela se perdeu neste cenário de irrealidade virtual. Mas o mundo real precisava dela, e estava na hora de amadurecer... (não, a Alice não é Peter Pan).
Alice está com medo. Mas ela percebe que este medo na verdade a acompanha há mais de um ano. Ainda um pouco cega, ela tateia no escuro à procura da mão que pode ajuda-la a caminhar e que vai trazer a paz que ela tanto busca pra dentro do seu coração. Mas justamente pelo medo de tudo e de todos, ela não consegue reconhecer nada em sua frente. Ela tem que perceber que não é forte, e que não há problema ter medo.
Ela é mulher. E mulher não precisa ser forte sempre... Mulher tem o direito de sentir medo, e de errar, e de pedir perdão...
Ao finalmente chegar em casa, quase não reconhece sua família, seu cantinho. As fotos dos amigos ainda estão na cabeceira. Os livros que tanto ama ainda estão dispostos na sua estante. Ao ver sua pilha de CDs, um está ligeiramente em destaque... como se quisesse me passar uma mensagem que ainda não consegui decifrar...
Um grande amigo comentou esses dias: futebol não é coisa de macho. Tive que concordar de certa forma. Esporte para macho assistir é volei de praia do time sueco... rsrsrss Nós, mulheres então, a partir de agora, lutaremos pelo direito de comentar sobre futebol, não só em época de copa, mas em todos os jogos de futebol que lhe interessem!!! E aproveitando o momento, nós, mulheres que gostamos de futebol, pedimos o direito também ao bate-papo de boteco com cerveja e porçãozinha de amendoim. Estou pedindo demais?
sábado, 19 de junho de 2010
Saudade é a palavra do dia. Sensação de perda, da dor da distância, e porque não, de uma pitadinha de amor. Senti falta de tantas coisas hoje, que procurei não fechar meus olhos para não ter nada que pudesse servir de pano de projeção para as imagens que se passam na minha cabeça. Sinto a falta daqueles que estão distantes, daqueles que já se foram. Daqueles que moram longe mas estão tão perto, e daqueles que moram tão perto, mas estão tão longe. Sinto falta da época que tudo estava tão claro na minha cabeça e eu tinha certeza de absolutamente tudo o que eu queria. Sinto falta de você... sim, de você mesmo. Falta de uma vida que não existe, mas que se demonstra tão perfeita em minha cabeça. Essa vida, que não existe, e que deve permanecer não existindo, pelo nosso próprio bem. Ai, sinto falta também da minha inocência. Daquele idealismo que tomava minha cabeça e meu corpo e me dava forças para enfrentar qualquer coisa por aquilo que eu amo. Hoje o que eu tenho é uma vida cheia de cicatrizes, que me deram um certo ar de mistério misturado com docura. E finalmente, sinto falta da época que eu não sentia falta de nada. Hoje, com praticamente tudo se encaminhando ao meu redor, sinto sim... um vazio dentro do peito, bem naquele espacinho reservado para um grande amor.
Já ouvi muitos dos meus colegas comentando que não conseguiam entender a mente feminina. O que mais se ouve por ai é o quanto a cabeça de uma mulher pode ser labiríntica. Sinceramente... eu, mulher, 29 anos... EU NÃO ENTENDO A CABEÇA DOS HOMENS!!!!
Vamos lá... imaginem o ideal de uma mulher perfeita!!! Bonita, simpática, inteligente (que saiba falar de vários tipos de assunto, desde filosofia, até papo de boteco), que tenha um bom gosto, que divida os mesmos pensamentos, os mesmos objetivos... enfim. A nossa super heroína tem que ter todos os atributos que UM MELHOR AMIGO (note, estou falando aqui do gênero masculino) tem, mas que ao mesmo tempo desperte aquela química boa (sim, para os/as mais puritanos/as eu estou falando do tesão).
Agora, o que acontece quando um homem encontra uma mulher destas? Em 99% dos casos ELES FOGEM. Sim, senhoras e senhores. Orgulho-me em dizer que eu posso me considerar um par perfeito pra muitos. Nunca cobrei presença incondicional de meus companheiros... muito pelo contrário, sempre os incentivei a terem sua própria roda de amigos, a promoverem a boa e velha cervejinha de sexta. Sem cobranças... E acreditem, não sou um espécime raro: tenho pelo menos uma grande amiga que divide das mesmas opiniões que eu. Adivinhem? ESTAMOS SOLTEIRAS...
Por isso que eu digo: meu próximo grande investimento é em um anúncio gigante de jornal.
PROCURA-SE UM GRANDE AMOR QUE: 1) queira receber todo o sentimento que eu tenho para dar. 2) queira dar todo o sentimento que eu MEREÇO receber. 3) me aceite com todas as minhas esquisitices, exatamente do jeito que eu sou 4) principalmente, não espere que eu seja exatamente como todas as outras mulheres...
EU, pessoalmente, acho que encontrei meu bilhete premiado... acertei na mega-sena acumulada. Mas ainda há tanta mulher rara como eu por ai... é só procurar, e estar pronto para aceitar a plena felicidade quando achar...
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Como disse uma grande amiga minha hoje logo de manhã, o mundo dá voltas. Não demorou muito para que eu percebesse o quanto o mundo dá voltas, e a velocidade frenética que estas mesmas coisas acontecem.
Na mesma velocidade que alguém se afasta de você, por puro capricho ou qualquer motivo confuso ou deturpado possível, um outro alguém se aproxima e é quando você enche seu coração de alegria novamente, com a esperança de que esta vez tudo pode dar certo.
Isto tudo é para me mostrar que não estou sozinha... que ainda posso, e DEVO ser feliz. Mesmo que absolutamente tudo dê errado novamente, quero crer que agora estou realmente pronta pra seguir minha vida.
E eis que aquela mesma Alice do país das maravilhas descobriu que não nasceu para o amor. Ela, que tantas vezes passeou por aqueles jardins, floridos de tanta felicidade que sentia no peito, percebeu de repente que todo aquele sentimento lindo que ela tinha no peito era dolorido demais, penoso demais, a ponto de ter que extravasar isso para o mundo e, ah, quando isso acontecia, era demais para quem a rodeava.
Alice pensou, algumas vezes durante o dia, em terminar com toda aquela dor. Talvez se dormisse um sono profundo por alguns meses, talvez anos. Mas quando acordasse lembraria-se dos poucos momentos de felicidade que já teve em sua vida, e a saudade destes momentos já seria demais. Ela não tinha nada, pelo menos naquele momento. Nenhum chá marcado com algum chapeleiro maluco, nenhum coelho falando do quanto está atrasada. Nem podia dizer tampouco que estava só... já que ela tinha como companhia as lembranças de felicidade e uma trilha sonora quase irritante tocando em sua cabeça... over and over again.
Entre tantas coisas que eu poderia pensar, em tempos difíceis como estes, só posso pensar em tudo aquilo que amo e tudo aquilo que sinto falta. Abuso do uso da palavra amor, sem medo de soar ridícula, porque acho que este é o sentimento mais sublime que uma pessoa pode sentir. Amo sim... e sei que sou amada, de milhares de diferentes maneiras. Mas a certeza de estar cercada de algo tão mágico é o que tem me feito seguir em frente, sem nunca olhar pra trás.
Amo minha família, com todos os seus altos e baixos. Minha mãe, com toda a sua preocupação e superproteção, meu pai, desconfiado, mas sempre pronto a ajudar... SEMPRE. Minha irmã, que é mais um anjo na minha vida, meu irmão, sinônimo de luta sempre... meus sobrinhos...
Amo meus amigos, tanto os próximos quanto os distantes. Sendo da faculdade, da internet, os que chegaram das maneiras mais insólitas. Amo os amigos de São Paulo, os de Campinas, inclusive até um genuino "Sir" que mora nas distantes terras de Indaiatuba. Claro, tenho que ter um momento dedicado aos bons e velhos campineiros, um "Lord" que surgiu na minha vida e uma Bia, que chegou em uma tarde de teatro e nunca mais saiu.
Tem também aqueles amigos que não compartilham da vida diariamente comigo, mas que moram no meu coração, inclusive um mestre jedi de quem eu sinto uma saudade imensa. Há também dois ursos de pelúcia, tão lindos e tão fofos que não tem como ama-los. E como eu poderia esquecer de 3 irmãs que cresceram dentro do meu coração e moram aqui dentro, não importa pra onde eu ou elas vá.
Amo minha profissão, meu compromisso com a educação (por mais que algumas pessoas infelizes achem o contrário). Amo meus alunos, absolutamente TODOS que já passaram pela minha vida, mesmo aqueles que não me retribuiram todo o meu afeto.
Amo música boa, de qualidade... sem esses "ations" da vida.
Amo conhecer coisas novas, gente nova...
E é tanto que vai chegando e ocupando um espaço enorme no meu coração. Tanto amor assim as vezes doi... mas é bom. É a melhor coisa que pode se ter dentro de si.
Alguém já teve uma nítida sensação que só há uma pessoa no mundo que entende seu coração plenamente? Minha sensação (hoje pelo menos) é que só o Elvis sabe o que se passa na minha cabeça turbulenta...
Poxa, depois me perguntam porque eu estou tão estressada com a faculdade. Já estão anunciando OUTRA greve. Mobilização pelo que eu realmente não sei, mas sinceramente: são 5 anos que eu aguento a mesma ladainha todos os dias, de como devemos estar mobilizados e o caramba a quatro.
Para quem não me conhece, podem até falar que eu tenho outros motivos para desejar algo tão em especial assim. Mas é interessante: no alto dos meus quase trinta (sim, acho que vou mudar o nome desse blog para "Diário de uma futura balzacquiana"), eu vejo o que foi minha vida inteira, e anseio uma vida mais tranquila.
Pode ser que logo depois que consiga esse tal objetivo, eu me arrependa logo depois... mas meu corpo pede silêncio, meu coração pede paz, e tenho a impressão que só vou conseguir isso quando eu estiver léguas daqui. Longe das marginais cinzas, longe dos prédios tão altos, longe de tantas mesquinharias que vejo todo santo dia e que vão tão contra tudo o que eu penso e acredito.
Ao ler este texto, já vejo algumas reações: "Ah, a Fabi só tá fazendo isso por impulso, como tudo na vida dela", "ah, como quase tudo que ela projeta, ela pensa, pensa, pensa, e não faz", enfim... mas CHEGA!!! Quem realmente se importa comigo e sabe da minha vida, sabe o quanto eu preciso desta distância. Distância essa que só vai sentir quem realmente não se importa comigo, pois para uma amizade sincera, um amor verdadeiro, nunca haverá distâncias.
Isso (ainda) não é uma carta de despedidas. Muito pelo contrário, isso é uma carta de apresentação. Precisava abrir meu coração e dizer isso a todos os "inúmeros" (haha, piada boa) leitores que eu tenho. Precisava dizer isso na verdade pra mim mesma.
Há vários tipos de perguntas que me fazem, que são realmente bastante difíceis ou por vezes de conteúdo impróprio para eu responder. Quem me conhece sabe que, dependendo do grau de intimidade que eu tenho com a pessoa, eu respondo qualquer tipo de coisa, independentemente do conteúdo.
Porém hoje uma aluna chegou pra mim e me perguntou algo que eu realmente não soube responder.
"Teacher, o que é namoro pra você?"
Confesso que a menina me desarmou por completo. Nunca ninguém havia me pedido para definir algo tão natural assim. Entretanto comecei a falar para ela da minha pouca experiência com namoros. Confesso que não sei se defini tal conceito de maneira correta, mas sinceramente, no alto dos meus quase trinta anos, recuso-me a mudar. Que mudem os homens, ou eu prefiro ficar sozinha.
Nem namoro nem casamento podem ser encarados como prisões. Ambos devem sempre ser visto como uma comunhão de planos, projetos. O casal deve saber conjugar o "nós", sem nunca perder o "eu" nem o "você". O respeito e a confiança são fundamentais, sempre, para que tudo isso possa dar certo. É essencial saber que a liberdade de ambos é também muito importante... mas também devemos nos fazer importantes na vida da pessoa, a ponto da pessoa que está do nosso lado poder voar pra onde quiser, até onde puder, mas sentir vontade de voltar depois de cada vôo.
Interessante que depois desta descrição, minha aluna me olhava com um certo ar de questionamento. Devia pensar naquele momento de qual universo que eu vim. Mas ainda assim, ser como sou tem me levado a tantos lugares maravilhosos que eu terminantemente me recuso a mudar.
"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo" - Mario Quintana
Hoje me bateu uma incerteza tão grande de tudo... uma vontade de alguém virar pra mim e falar que eu estou indo na direção certa e que não estou totalmente errada em tudo o que faço.
Por que será que tudo o que tenho feito nestes últimos tempos tem parecido tão errado para os outros e tão certo pra mim?
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
"Eles dizem que o seu cabelo é sujo, que o seu cheiro é forte, que você não sabe a diferença entre o certo e o errado e que você colocou suas patas imundas nas nádegas das amigas de Mary Anne. Por absoluto desarranjo orgânico-fisiológico passa o dia de Ação de Graças comendo amendoim japonês, tomando groselha e urinando na piscina oval da casa de campo de John Pitsburg em Detroit. Sempre vão existir babacas em Detroit. Groselhas, chinelos, piqueniques com sanduíche de mortadela e toalha quadriculada num domingo ensolarado às sete da manhã. A limonada um tanto quanto azeda do cozinheiro gago de tia Morgan. Aquele gostinho de cangambá no céu da boca. A vizinha xingando o marido de bicha, babando e batendo no batente da porta de madeira de lei na entrada da casa do sítio de um genro íntimo do especialista em afrodisíacos dietéticos do tecladista albino da Madonna cover. Sempre vão existir albinos, bexigas, passeatas contra o extermínio da formiga uirapuru das matas ao leste da fazenda de plantação de quiabo de Mr. McBerry. Sempre vão existir vovôs, minhocas, grunges com camisas de flanela xadrez amarradas na cintura, devorando um hot dog, fumando e coçando em frente à saída da garagem do hotel da Madonna cover. Sempre vão existir transformistas mambembes discursando sobre a influência de Júpiter no movimento neodadaísta iniciado por um ermitão surdo e viciado em groselha. Sempre vão existir anormais e desequilibrados que não dizem coisa com coisa, não respiram e não conseguem parar de falar. E foi então que eu pensei, levantei e abri minha Caca-Cola. Espera aí, pô. Eu tinha pedido tubaína. Tubaína. Sempre tubaína"
No momento que eu menos esperava, eu olhei ao meu redor e percebi que não há nenhuma maneira da vida ficar melhor do que isso!
Se algum dia eu disser que não tenho nenhum problema na minha vida, pode esperar pelo crescimento súbito do meu nariz, porque eu com certeza estarei mentindo. Mas hoje, analisando minha vida, percebo que faz pelo ou menos uns 3 anos que eu não sinto a paz que eu venho sentindo agora. Tudo parece estar se encaixando e voltando ao normal. E sinceramente, isso é tudo o que eu preciso agora.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Incrível como mudanças de ares abrem perspectivas de visão totalmente diferentes.
Comecei a trabalhar nesta semana em uma nova escola, localizada no bairro de Veleiros. Começando já pelo bairro, a primeira imagem que temos é que estamos em território essencialmente residencial, sem os grandes engravatados que tanto eu via na região da Berrini. Tudo muito mais simples, com gente mais humilde...
E de repente percebo que era exatamente isto que eu precisava na minha vida. Um bom exemplo do que é a vida real no meu cotidiano. Esta paz que essencialmente venho sentindo nesta última semana é tudo o que eu venho buscando nestes últimos anos, em empregos.
Hoje, voltando pra casa, ouvi esta música (pra quem estiver se perguntando, se chama "Ants Marching", do Dave Matthews Band). Pode até ser que tudo o que eu tenho visto seja simplesmente as formigas marchando, fazendo tudo sempre igual, como na música do Chico Buarque. Mas percebam como a melodia é feliz!!!