segunda-feira, 20 de setembro de 2010

(des)amor por São Paulo

Há mais ou menos um mês atrás, fui vítima de um assalto a mão armada na frente da minha casa. Roubaram meu carro, meu notebook, meu celular, minha mochila, meu CD player do carro, mas mais do que isso, roubaram meu último suspiro de paixão por São Paulo.

A dor da violência que passamos (sim, porque meus pais estavam presentes no assalto) é muito maior do que o suor que terei de derramar para poder repor o que aquele ser me levou. E meu orgulho de ser paulistana foi embora também: isso é praticamente impossível de reaver.

Como posso me orgulhar de uma cidade que tira tanto de mim, e que muito pouco me dá em retorno?

Eu sei que tudo o que passei foi um grande aprendizado... e sei também que talvez sem este trauma enorme, eu nunca teria tido a coragem necessária de tomar novamente as rédeas da minha vida. Sei também que preciso perdoar os infelizes que cometeram este ato contra mim, sendo que nem os conhecia. Mas é difícil demais... ver meus pais com medo de botar os pés na rua me mata aos poucos, ver meus pais com medo que EU SAIA até pra TRABALHAR, é duro demais.

Nisso tudo, o que mais me doi é o desamor por São Paulo, que tem crescido dentro de mim a cada dia. Uma ânsia quase louca de sair daqui, de respirar novos ares, de (re)construir minha vida longe daqui (longe, pero no mucho).

Um comentário:

  1. Todo dia eu sofro esse desamor por SP. Principalmente quando eu passo pela Bandeirantes antes das 9 da manhã sentido Pinheiros!! :(

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