segunda-feira, 31 de maio de 2010

Inferno astral?

E eis que aquela mesma Alice do país das maravilhas descobriu que não nasceu para o amor. Ela, que tantas vezes passeou por aqueles jardins, floridos de tanta felicidade que sentia no peito, percebeu de repente que todo aquele sentimento lindo que ela tinha no peito era dolorido demais, penoso demais, a ponto de ter que extravasar isso para o mundo e, ah, quando isso acontecia, era demais para quem a rodeava.

Alice pensou, algumas vezes durante o dia, em terminar com toda aquela dor. Talvez se dormisse um sono profundo por alguns meses, talvez anos. Mas quando acordasse lembraria-se dos poucos momentos de felicidade que já teve em sua vida, e a saudade destes momentos já seria demais. Ela não tinha nada, pelo menos naquele momento. Nenhum chá marcado com algum chapeleiro maluco, nenhum coelho falando do quanto está atrasada. Nem podia dizer tampouco que estava só... já que ela tinha como companhia as lembranças de felicidade e uma trilha sonora quase irritante tocando em sua cabeça... over and over again.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Das coisas que amo...

Entre tantas coisas que eu poderia pensar, em tempos difíceis como estes, só posso pensar em tudo aquilo que amo e tudo aquilo que sinto falta. Abuso do uso da palavra amor, sem medo de soar ridícula, porque acho que este é o sentimento mais sublime que uma pessoa pode sentir. Amo sim... e sei que sou amada, de milhares de diferentes maneiras. Mas a certeza de estar cercada de algo tão mágico é o que tem me feito seguir em frente, sem nunca olhar pra trás.

Amo minha família, com todos os seus altos e baixos. Minha mãe, com toda a sua preocupação e superproteção, meu pai, desconfiado, mas sempre pronto a ajudar... SEMPRE. Minha irmã, que é mais um anjo na minha vida, meu irmão, sinônimo de luta sempre... meus sobrinhos...

Amo meus amigos, tanto os próximos quanto os distantes. Sendo da faculdade, da internet, os que chegaram das maneiras mais insólitas. Amo os amigos de São Paulo, os de Campinas, inclusive até um genuino "Sir" que mora nas distantes terras de Indaiatuba. Claro, tenho que ter um momento dedicado aos bons e velhos campineiros, um "Lord" que surgiu na minha vida e uma Bia, que chegou em uma tarde de teatro e nunca mais saiu.

Tem também aqueles amigos que não compartilham da vida diariamente comigo, mas que moram no meu coração, inclusive um mestre jedi de quem eu sinto uma saudade imensa. Há também dois ursos de pelúcia, tão lindos e tão fofos que não tem como ama-los. E como eu poderia esquecer de 3 irmãs que cresceram dentro do meu coração e moram aqui dentro, não importa pra onde eu ou elas vá.

Amo minha profissão, meu compromisso com a educação (por mais que algumas pessoas infelizes achem o contrário). Amo meus alunos, absolutamente TODOS que já passaram pela minha vida, mesmo aqueles que não me retribuiram todo o meu afeto.

Amo música boa, de qualidade... sem esses "ations" da vida.

Amo conhecer coisas novas, gente nova...

E é tanto que vai chegando e ocupando um espaço enorme no meu coração. Tanto amor assim as vezes doi... mas é bom. É a melhor coisa que pode se ter dentro de si.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Are you lonesome tonight?

Alguém já teve uma nítida sensação que só há uma pessoa no mundo que entende seu coração plenamente? Minha sensação (hoje pelo menos) é que só o Elvis sabe o que se passa na minha cabeça turbulenta...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Greve na USP

Poxa, depois me perguntam porque eu estou tão estressada com a faculdade. Já estão anunciando OUTRA greve. Mobilização pelo que eu realmente não sei, mas sinceramente: são 5 anos que eu aguento a mesma ladainha todos os dias, de como devemos estar mobilizados e o caramba a quatro.

Quer saber? EU SÓ QUERO MEU DIPLOMA, PO!!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eu quero uma casa no campo...

Para quem não me conhece, podem até falar que eu tenho outros motivos para desejar algo tão em especial assim. Mas é interessante: no alto dos meus quase trinta (sim, acho que vou mudar o nome desse blog para "Diário de uma futura balzacquiana"), eu vejo o que foi minha vida inteira, e anseio uma vida mais tranquila.

Pode ser que logo depois que consiga esse tal objetivo, eu me arrependa logo depois... mas meu corpo pede silêncio, meu coração pede paz, e tenho a impressão que só vou conseguir isso quando eu estiver léguas daqui. Longe das marginais cinzas, longe dos prédios tão altos, longe de tantas mesquinharias que vejo todo santo dia e que vão tão contra tudo o que eu penso e acredito.

Ao ler este texto, já vejo algumas reações: "Ah, a Fabi só tá fazendo isso por impulso, como tudo na vida dela", "ah, como quase tudo que ela projeta, ela pensa, pensa, pensa, e não faz", enfim... mas CHEGA!!! Quem realmente se importa comigo e sabe da minha vida, sabe o quanto eu preciso desta distância. Distância essa que só vai sentir quem realmente não se importa comigo, pois para uma amizade sincera, um amor verdadeiro, nunca haverá distâncias.

Isso (ainda) não é uma carta de despedidas. Muito pelo contrário, isso é uma carta de apresentação. Precisava abrir meu coração e dizer isso a todos os "inúmeros" (haha, piada boa) leitores que eu tenho. Precisava dizer isso na verdade pra mim mesma.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Perguntas que ninguém nunca sabe responder...

Há vários tipos de perguntas que me fazem, que são realmente bastante difíceis ou por vezes de conteúdo impróprio para eu responder. Quem me conhece sabe que, dependendo do grau de intimidade que eu tenho com a pessoa, eu respondo qualquer tipo de coisa, independentemente do conteúdo.

Porém hoje uma aluna chegou pra mim e me perguntou algo que eu realmente não soube responder.

"Teacher, o que é namoro pra você?"

Confesso que a menina me desarmou por completo. Nunca ninguém havia me pedido para definir algo tão natural assim. Entretanto comecei a falar para ela da minha pouca experiência com namoros. Confesso que não sei se defini tal conceito de maneira correta, mas sinceramente, no alto dos meus quase trinta anos, recuso-me a mudar. Que mudem os homens, ou eu prefiro ficar sozinha.

Nem namoro nem casamento podem ser encarados como prisões. Ambos devem sempre ser visto como uma comunhão de planos, projetos. O casal deve saber conjugar o "nós", sem nunca perder o "eu" nem o "você". O respeito e a confiança são fundamentais, sempre, para que tudo isso possa dar certo. É essencial saber que a liberdade de ambos é também muito importante... mas também devemos nos fazer importantes na vida da pessoa, a ponto da pessoa que está do nosso lado poder voar pra onde quiser, até onde puder, mas sentir vontade de voltar depois de cada vôo.

Interessante que depois desta descrição, minha aluna me olhava com um certo ar de questionamento. Devia pensar naquele momento de qual universo que eu vim. Mas ainda assim, ser como sou tem me levado a tantos lugares maravilhosos que eu terminantemente me recuso a mudar.

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo" - Mario Quintana

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mais do que uma necessidade...

Hoje me bateu uma incerteza tão grande de tudo... uma vontade de alguém virar pra mim e falar que eu estou indo na direção certa e que não estou totalmente errada em tudo o que faço.

Por que será que tudo o que tenho feito nestes últimos tempos tem parecido tão errado para os outros e tão certo pra mim?