domingo, 22 de agosto de 2010

Sonho...

Dizem que para cada 5 minutos de sono que temos, vivemos pelo menos uma hora de sonho. Fica fácil de fazer a conta, imaginando que dormi pelo menos 10 horas de sábado para domingo.

Tive nesta noite um dos sonhos mais lindos que já pude viver. E sim, fiz questão de correr para o primeiro pedaço de papel para rapidamente colocar em detalhes tudo aquilo que vivi. Gosto de lembrar-me dos meus sonhos, para tentar entender como minha mente funciona, e até onde tudo isso faz parte do que eu vivo, e o que faz parte do meu subconsciente.

Abri meus olhos, e lá estava eu, sentada no meio de um campo de lírios brancos. Senti que segurava um manuscrito em minhas mãos, e que verdadeiramente adorava o conteúdo daquelas páginas, apesar de não lembrar o que exatamente era. Não havia ninguém ao meu redor, e eu só me lembro da sensação de paz que aquele ambiente me trazia. Sabia, simplesmente, que aquele ano era o ano de 1864, e que eu estava em alguma planície distante da região da Escócia. Eu usava um delicado vestido branco, com babados e rendas, e uma luva que me cobria até a região dos cotovelos. Fazia muito calor, mas eu sempre trazia comigo meu leque e minha sombrinha. Era difícil de respirar aquele ar profundamente, imagino que meu espartilho estava apertado demais (típico da tal Era Vitoriana).

Alguém se aproxima de mim, lentamente. Sinto seus passos se aproximando atrás de mim, mas o fator hipnótico daquela paisagem juntamente com aquele ar fresco, associado às palavras lindas daquele manuscrito que eu lia me transportavam para outro mundo, me impedindo de prestar atenção ou notar qualquer movimento diferente à minha volta.

De repente, sinto mãos passando pelos meus cabelos cacheados, ligeiramente presos, até chegar aos meus olhos, me cobrindo a visão, como se esperasse que eu adivinhasse quem era. E prontamente adivinhei, apesar de não me lembrar do nome que pronunciei naquele instante. Aquele homem significava muito pra mim, apesar de não conseguir identificar quem ele era. Sentia meu coração pulsar muito forte, mas ao mesmo tempo num ritmo bom, calmo e tranquilo.

Ele trazia uma cesta cheia de frutas, e um delicioso suco que me fez sentir melhor daquele calor que sentia. Conversamos, sobre tudo e sobre todos, por horas a fio, sem nos cansar. Sem nos preocupar com o que o mundo lá longe nos trazia, nem preocupações que nos esperavam. Só nós dois, fazendo aquelas horas da tarde se tornarem dias.

Uma brisa fresca toca meu rosto. Sinto como se sua mão tocasse a minha. Acordo em minha cama, com a janela entreaberta e o vento da manhã entrando no meu quarto. E sem nem bem notar, um grande sorriso se abre no meu rosto. Estou pronta pra começar meu dia.

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