É em momentos como estes que começamos a analisar tudo aquilo que ficou pra trás.
Eu estou com uma gripe tremenda, dores pelo corpo, calafrios. Mas se tem uma coisa que me incomoda profundamente quando estou com gripe é o meu nariz, que fica completamente obstruido, me impedindo de respirar adequadamente sem ter que ficar fazendo tanto esforço.
É nestas horas que começamos a dar valor para aquelas pequenas coisas. Tantas inúmeras vezes que inspiramos e expiramos este ar circundante por dia, mas só conseguimos ver o quanto isso faz falta quando mal conseguimos respirar.
Hoje, no meu serviço, em meio a uma verdadeira luta de rinosoro e soro fisiológico para meu nariz poder dar conta do serviço básico para o qual foi projetado, comecei a pensar em tudo aquilo que sinto falta hoje, e percebi o quanto eu deixei pelo caminho.
Sinto falta principalmente de não ter tantas contas a pagar, de ter o dinheiro só para mim para eu conseguir um mínimo de planejamento para o futuro.
Sinto falta do começo da faculdade, quando eu ainda tinha alguma ilusão de que com aquele diploma eu iria conseguir pelo ou menos dobrar meu salário. Acho que a única coisa que consegui dobrar neste meio tempo foi minha carga de trabalho, minha intolerância e meu peso. Sinto falta de ter mais tempo pra me dedicar aos estudos.
Sinto falta das noites no cafofo do Ale / Coio, que todo mundo se juntava para beber e falar besteira. Hoje estamos todos tão responsáveis que doi.
Sinto falta de ter pique para passar a noite em claro e ainda ter que voltar de ônibus pra casa. Sinto também falta das reuniões de banda, também no cafofo do Ale / Coio, onde ninguém tocava absolutamente nada mas todo mundo se divertia demais!
É desta época que eu tenho parte das lembranças mais legais da minha vida.
Meu Deus. Crescer é chato demais!!!!
[VIII] - I feel ergo sum
Há 11 anos
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